Visita de estudo ao Museu da Indústria
Têxtil
No dia vinte e oito de maio de dois mil e quinze, as turmas do 3.º ano
foram visitar o museu da Indústria Têxtil, que se situa em Calendário do nosso
concelho de Vila nova de Famalicão.
Os museus são espaços que nos contam muitas histórias e nos transmitem
muitos ensinamentos. Foi com muito entusiasmo que as turmas visitaram o museu
da Indústria Têxtil.
Acompanhou-nos
um guia que nos disse que antigamente as pessoas iam trabalhar descalças e
mostrou-nos fotografias de vários cafés, armazéns e sítios abandonados que
foram transformados em indústrias.
Logo à entrada vimos dois teares manuais que só dava para uma pessoa e
que servia para a linha ser transformada em tecido. Os teares no princípio eram
manuais e só mais tarde apareceram os mecânicos.
A seguir, vimos um fardo de algodão, onde um senhor dava com uma machada
para o desfazer. O próximo passo era colocar o algodão numa máquina para
filtrar as impurezas que ele continha. Estas máquinas eram muito perigosas
porque alguns trabalhadores ficavam sem as pontas dos dedos. Era muito duro
trabalhar nas fábricas, pois trabalhavam das seis horas da manhã até às seis
horas da tarde e ganhavam pouco dinheiro.
O algodão ia para uma máquina que o transformava em fitas. Essas fitas
eram transportadas para canelas para depois irem para outras máquinas e serem
transformadas em tecido grosso.
Também nos explicou que para o fio não ficar todo branco existiam as
tinturarias. O algodão era colocado em diferentes tipos de canelas: canelas
lisas (para passar diretamente para outra fase) e canelas furadas (para irem
para as tinturarias).
A seguir, vimos a parte da tecelagem que, como o nome indica, serve para
fazer tecidos. Depois de feitos, os tecidos são vendidos à indústria do vestuário,
que com eles fazem vestuário, tapetes, cobertores e toalhas.
Por fim, fomos ver uma máquina que era a maior de todas, fazia pouco
barulho e servia para transformar o tecido grosso em cobertores.
No final da visita, o senhor disse-nos que a nossa região era uma das
maiores na indústria têxtil, porque vivia em Riba de Ave a família Ferreira que
fundou duas indústrias – a Sampaio Ferreira e a Oliveira Ferreira. Nestas
fábricas trabalharam muitas pessoas e também crianças com mais de dez anos de
idade, que não podiam chegar atrasadas porque lhes cortavam no seu ordenado.
Com esta visita de estudo aprendemos muitas coisas e gostamos muito de
ver as máquinas antigas a trabalhar.
Trabalho coletivo da turma D6 do
3.º ano
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